O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), comentou nesta sexta-feira (5) a movimentação nacional em torno do nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a disputa presidencial de 2026. A declaração ocorre no mesmo dia em que o senador Flávio Bolsonaro (PL), confirmou que será o candidato apoiado pelo pai na disputa pelo Palácio do Planalto. Para o gestor, apesar da nova peça no tabuleiro político, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), continua sendo o nome do partido para concorrer como candidato à presidente no ano que vem.
Segundo ele, Caiado aparece com “o melhor desempenho nas pesquisas” e continua sendo o candidato natural do partido. “Esse é o nome que, caso haja um consenso, a gente vai convergir em torno dele. Caso não haja, a gente vai seguir com a candidatura de Ronaldo Caiado. O povo vai decidir quem deverá disputar o segundo turno e, fatalmente, decidir quem é o melhor para conduzir os destinos do Brasil”, declarou.
Para Bruno Reis, a possível entrada de Flávio Bolsonaro na disputa deve ser tratada como parte do processo natural de articulação no campo da direita e centro-direita. O prefeito reforçou que o objetivo do grupo é construir uma candidatura única e competitiva.
“O nome de Flávio, se realmente foi colocado, é mais um nome para que todos possam sentar à mesa. O que nós vamos trabalhar é para que possamos ter uma candidatura única, aquela que possa não só vencer as eleições, mas também governar o Brasil”, afirmou.
Impacto na Bahia
Questionado pelo bahia.ba se o novo arranjo nacional pode interferir nas articulações locais para 2026, especialmente na candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia, Bruno Reis descartou impactos diretos e subiu o tom ao criticar o discurso de alinhamento partidário. “Isso depende da escolha do baiano. O baiano caiu nessa história na eleição passada, no golpe de que era necessário ser do mesmo partido do presidente”, afirmou.
Segundo o prefeito, a tese de que a Bahia seria beneficiada por estar alinhada ao governo federal não se confirmou. Ele citou obras e investimentos que, na avaliação dele, não vieram como prometido. “Se fosse necessário ser do mesmo partido do presidente, não era preciso pedir quase 30 bilhões de reais de empréstimo. O governo federal repassaria os recursos para as obras”, disse, fazendo alusão aos pedidos recentes de empréstimo realizados pela gestão estadual.
Bruno Reis também comparou a situação dos municípios com a do governo estadual ao afirmar que parte das ações da Prefeitura só tem avançado graças a operações de crédito e financiamentos e não por apoio direto de Brasília. “Foram dadas linhas de crédito para a gente adquirir os ônibus. Ao invés de recursos disponibilizados do Orçamento Geral da União para fazer aquisição”, destacou.
Críticas ao governo estadual
O prefeito ainda criticou a gestão estadual em áreas como educação, segurança pública, saúde e políticas sociais. “O fato de ser alinhado a quem vencer o próximo presidente da República não vai resolver os problemas da Bahia”, disse, antes de disparar: “Educação só não é a pior porque passou automaticamente os alunos. Segurança, vocês sabem, é a pior do Brasil. Saúde, vocês viram o relatório do TCE: para quem dizia que ia zerar a fila, ela aumentou mais de 200%. E pobreza? Dizem que cuidam dos pobres, mas nunca abriram um restaurante popular no estado da Bahia”, concluiu.
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