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Primeira Turma do STF forma maioria pela prisão preventiva de Bolsonaro; Gustavo Moreno/STF

Iniciada votação às 08h da manhã desta segunda-feira (24), Primeira Turma do STF forma maioria pela prisão preventiva de Bolsonaro. O julgamento ocorre no plenário virtual — formato em que não há debate direto entre os ministros — e segue aberto para votação até as 20h.


Até agora, já registraram seus votos Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A ministra Cármen Lúcia ainda não votou. Com a saída de Luiz Fux da Primeira Turma, que era a única posição divergente no colegiado, a tendência é que a decisão favorável à manutenção da prisão seja unânime

A decisão ocorre após audiência de custódia realizada no domingo (23), em Brasília, na qual Bolsonaro afirmou ter tentado violar o equipamento durante uma “alucinação”. Segundo a ata do procedimento, ele disse acreditar que havia uma escuta na tornozeleira e negou qualquer intenção de fuga. Ao final da audiência, a prisão preventiva foi mantida.


Primeira Turma do STF forma maioria pela prisão preventiva de Bolsonaro


O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e sustentou a continuidade da medida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, Bolsonaro é "reiterante" no descumprimento das cautelares e violou "dolosa e conscientemente" a tornozeleira eletrônica.


O ministro também destaca que o ex-presidente admitiu ter manipulado o aparelho, demonstrando um "cometimento de falta grave, ostensivo descumprimento da medida cautelar e patente desrespeito à Justiça".


Já Flávio Dino, em sua manifestação, igualmente ressaltou a infração ao uso da tornozeleira e mencionou a convocação da vigília pelo filho de Bolsonaro. Ele afirmou ainda que as recentes fugas de aliados — como Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro — indicam "profunda deslealdade com as instituições pátrias".


Já Carlos Zanin apenas acompanhou ao voto do relator. Por ser na modalidade virtual, os ministros não precisam publicar seus votos e argumentos, a modalidade garante celeridade ao processo.


Prisão de Jair Bolsonaro


Bolsonaro foi detido na madrugada de sábado (22) após a tentativa de violação do equipamento. A audiência de custódia foi marcada por Moraes e realizada por videoconferência na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília, onde o ex-presidente foi levado pela manhã.


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu que utilizou um ferro de solda para danificar a tornozeleira eletrônica que usava. A confirmação aparece em um vídeo divulgado pela Seape (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal).


Bolsonaro admite ter violado tornozeleira com ferro de solda

Bolsonaro admite ter violado tornozeleira com ferro de solda

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